quarta-feira, 15 de junho de 2011

Acreditem, curitibanos fazem swing...

O texto publicado aki é de inteira responsabilidade de sua autora, conforme descrito no final do mesmo, onde citamos inclusive o site onde foi publicado a reportagem.

A curiosidade somada às fantasias sexuais é a mistura mais comum que leva dezenas de casais a pisarem pela primeira vez em uma casa de Swing. Pois bem, se um dia resolver conhecer um dos vários estabelecimentos do tipo na capital paranaense, prepare-se. Você pode encontrar, já na entrada, seu médico de anos, ou tomar um drink no bar com uma empresária bem-sucedida. E até esbarrar no seu sócio, que jurava fidelidade eterna à esposa, mas estava ali ao lado de uma acompanhante bem mais jovem.
Longe de serem pessoas promíscuas ou configurarem casos patológicos de perversão sexual, são pessoas que fazem parte de um grupo, uma tribo, cujo hobby dos fins de semana é entregar-se completamente ao prazer físico, ao sexo sem muitos limites.
Agora, convido o leitor a deixar o preconceito de lado. Esta matéria está longe de ser doutrinária. Tentarei, de forma clara, apresentar esta comunidade que cresce a cada dia em Curitiba. Vamos, portanto, conhecer o universo dessa tribo.

ARROZ DOCE
Conheci A.M. (para preservar a identidade usaremos apenas iniciais e codinomes dos nossos entrevistados) em uma típica tarde de verão. Era sábado e marcamos de nos encontrar em sua casa após o almoço. Eram quatro horas da tarde. A.M. veio me receber no portão, de shorts e regata, disse estar fazendo faxina. De fato, quando entrei na sala as coisas pareciam meio fora do lugar, casa simples, com cheiro de arroz doce. Me ofereceu. Havia acabado de preparar uma panela inteira com uma receita que viu na tevê. Ia leite de coco, explicou. A simpatia que sentia dela ao telefone, se confirmou de imediato.
Na sala, a tevê ligada passava algum filme destes antigos reprisados incansavelmente. Sua irmã, igualmente simpática, estava sentada à mesa, mexendo no laptop. Sentamos no sofá, que segundo A.M. estava com os dias contados, e começamos nossa conversa.
A.M. tem 27 anos e trabalha em uma clínica médica, onde é secretária e assistente. Conheceu seu namorado com 17 anos e entre idas e vindas, está com ele até hoje. T.I. tem 49 anos e é médico. O começo do relacionamento foi tumultuado porque T.I. era casado. Depois de três anos veio o divórcio. A partir daí, o namoro foi assumido. A secretária mora com a irmã mais nova. Trabalha de segunda a sexta e está redecorando a casa. As duas pintaram sozinhas as paredes da sala. Não pensa em morar com o namorado porque gosta de ter seu espaço, sua privacidade, e também não gostaria de dividir o mesmo teto com a sogra, que segundo ela, não é fácil. O sonho de A.M. é ser mãe e quer concretizá-lo antes dos 30. Bem, até aqui A.M. poderia ser muitas pessoas que conhecemos. Simples assim, gente como a gente. Uma simpática jovem com sonhos e desejos.
O que pode diferenciar nossa protagonista é a forma como mantém, há quase cinco anos, suas relações sexuais. Com o seu namorado e com outras pessoas. Não foi de uma hora para outra. Não foi de primeira. Mas A.M. se rendeu à curiosidade e às tentações.

A TERCEIRA PESSOA
A.M. conta que a primeira vez que o namorado sugeriu incluir uma terceira pessoa na relação sexual foi de maneira sutil. “Tem uma amiga minha na cidade, seria legal sairmos juntos e quem sabe...”, mas a sutileza não deu certo. A.M. conta que ficou indignada e achou a proposta absurda. Sabia das fantasias do namorado, mas não aceitou o convite. “Nossa, eu fechei a cara e não falei com ele por um mês. Ele insinuou que queria, mas eu não aceitei. Eu abominava isso, tinha 19 anos”.
Mas os dois se acertaram novamente. E quando a relação, segundo ela, estava bem estável, A.M. resolveu ceder às investidas do namorado. E pela primeira vez foram a um clube de Swing. “Ah, ele sempre falava que queria ir, queria conhecer, e eu sempre falava que não, que não, que não. Aí um dia ele me convidou pra ir nesta casa — Desiree — a gente já namorava mais sério. E foi bem legal, porque é como uma balada convencional. Hoje em dia o Swing não é mais só Swing, é uma balada. Vai muito universitário lá. Por exemplo, na sexta-feira vai solteiro, vai casado, vai quem quiser. No sábado só pode casal”. Então começamos a nos aprofundar no assunto. E A.M. contou tudo, sem censura.
Há, no Swing, que originalmente seria a troca de casais, um conjunto de regras (ver Box). Não são explícitas e muito menos estão coladas na parede, como mandamentos. Mas quem frequenta, conhece e respeita. Quem desrespeita é convidado a se retirar. Se você pensava que no Swing valia de tudo, enganou-se. Não é uma terra onde ninguém é de ninguém. Há limites.
Para explicar todo este universo e nos aprofundar no funcionamento destes templos do prazer, convido-os a conhecer o Casal Vênus (nome fictício), que também nos concedeu uma entrevista sem pudores ou meias palavras. E mais. Abriram as portas da casa que administram aqui em Curitiba, a Venus Swing Club, e nos mostraram cômodo por cômodo, timtim por timtim.

UNIVERSO PARALELO
Começamos nosso tour pela recepção. Normal como em qualquer outra casa noturna, exceto pela grande placa proibindo o uso de máquinas fotográficas, aparelhos celulares e qualquer outro eletrônico que possa expor os frequentadores. O Casal Venus me explica que quase não se vê essas placas em outras casas de Swing pelo Brasil, mas em Curitiba é extremamente importante para tranquilizar os clientes. “Essa é uma regra básica, não teria a necessidade de uma placa. Mas aqui em Curitiba é importante deixar bem claro para que todos entrem sem medo, fiquem à vontade”.
Logo caímos em um corredor, que mais parecia um labirinto. As paredes almofadadas eram revestidas de couro vermelho. A luz escassa. Depois de duas ou três curvas, chegamos ao salão principal. Posso dizer, sem erro, que era uma balada. O som alto, as luzes coloridas e lasers coloridos dançando geométricos pelo ar.
Atrás da pista de dança, uma piscina-aquário onde as mulheres, e estritamente as mulheres, podem exibir suas formas. Ao redor da pista de dança, pequenos palcos com mastros de pole dance e mesinhas com cadeiras. Encontramos ainda, neste ambiente, pequenos camarotes com sofás. Olhando para cima, um mezanino com mais camarotes.
Segui com nosso casal guia. Passamos pelo bar americano, cercado por banquetas. E me chamou a atenção o grande guarda-volumes, com várias portinhas. Perguntei se ali ficavam as roupas. Mas explicaram que o guarda-volumes é usado para carteiras, chaves, celulares. As roupas, cada um fica com a sua e as retira quando quiser. Para não perder a calcinha, por exemplo, as mulheres costumam enrolá-las no pulso. Dica de quem já perdeu muitas, explica o Casal.
Fomos então para as suítes que se assemelham muito a quartos de motel, exceto pela privacidade. Espelhos nas paredes e no teto, camas circulares, banheiros completos. E então uma bela e grande janela de vidro, para que o público dos corredores possa observar cada detalhe. As portas dos quartos não podem ser trancadas e muitas vezes ficam abertas também. Ao todo são 16 quartos, fora os outros ambientes. O tamanho da casa impressiona, principalmente porque foi um espaço idealizado e construído exclusivamente para a prática do Swing. A Venus é a maior casa de Swing do Sul do Brasil e uma das três maiores do país. Além de ser considerada a mais luxuosa.
E como manter esses ambientes higienizados? O Casal Venus explica. Cada vez que um quarto ou cabine são usados, as mulheres da limpeza dão uma geral no lugar. Para facilitar a limpeza, as camas, travesseiros, até algumas paredes são revestidas de couro. Assim que um grupo sai, o local é limpo, inclusive o banheiro. Existe uma equipe de limpeza preparada. Enquanto limpa a porta fica fechada e assim que termina, deixa a porta aberta. “Mas não é comum que todos os quartos fiquem ocupados ao mesmo tempo. Quando um casal ou grupo entra em um quarto, costuma haver uma aglomeração em torno daquele espaço”.
Há uma parte da casa que são várias cabines, uma do lado da outra. Uma espécie de tapume separa-as lateralmente. Mas não são totalmente fechadas. Há frestas circulares onde é possível “comunicar-se” com a cabine ao lado. Cada uma é fechada por uma porta de madeira com treliças que lembra muito, me perdoe os católicos, um confessionário. O Casal explica que tem casais que querem ser observados, mas não querem ser tocados e por isso escolhem estes espaços.
Além dos camarotes da pista, como foi citado anteriormente, existem os camarotes do mezanino. Eles têm uma grande parede de vidro com janela voltada para a pista. Neste espaço a única restrição é que é preciso fechar grupos de, no mínimo, cinco casais. É como um camarote fechado de qualquer outra balada na cidade. Você paga por um pouco mais de privacidade. Embora, como explica o casal, “quem vem aqui não é pra ficar reservado é pra se expor, você vira cinema para os outros, ele (o camarote) finge uma discrição, mas na verdade expõe”.


CAMA COLETIVA
Mas a grande coqueluche de uma casa de Swing é a cama coletiva. Não pode faltar. Na Venus, é um quarto grande com uma cama que equivale a aproximadamente quatro camas juntas. Do lado oposto da cama, a parede. Onde, segundo o casal Venus, muitos casais começam observando. O voyeurismo é prática constante em uma casa de Swing. Em todos os ambientes, a qualquer momento, alguém está sendo observado por alguém.
O único local da casa onde não impera o sentido da visão é o famoso Dark Room. Este é também o único local da casa onde algumas regras podem ser quebradas. O sigilo é absoluto e para auxiliar, ausência total de luz. Não é possível enxergar um palmo a frente do nariz. Nesta sala, de pequenas proporções, o tato é o sentido mais aguçado. É escolhida por homens que gostam de se relacionar com outros homens, mas que nos outros ambientes da casa são reprimidos. Por casais novos, que ainda tem vergonha de se expor na frente de todos. Por casais que querem ficar com outras pessoas, mas não querem saber quem é esta pessoa. “Tem muita gente que não quer saber com quem fez para não gerar ciúmes, então aqui é o lugar ideal”, explica Venus. Fui advertida, inclusive, que cometi infração grave no quarto. Porque acendi as luzes do meu aparelho celular. Explicitamente proibido quando a casa está em funcionamento. Claro que de forma bem humorada.

MELHOR QUE PIZZA
A casa dispõe de vários seguranças nos dois andares. Nos quartos, por exemplo, é proibido entrar com copos ou garrafas de vidro. Para consumir bebidas alcoólicas nestes espaços, os seguranças oferecem copos de plástico.
A lei antifumo chegou também às casas de Swing. Existe, portanto, uma área de fumantes a céu aberto que fica a certa distância do espaço interno.
Ao lado desta área de fumantes, existe um espaço grande com várias mesas e cadeiras e uma churrasqueira. Grupos de casais pedem para usar o espaço para se reunir entre os amigos, comemorar aniversários, preparar um churrasquinho. Não necessariamente as pessoas vão fazer algo mais.
Mas o Casal Venus explica que o mundo do Swing, especialmente em Curitiba, é pequeno. Funciona como uma cidadezinha pequena. “Todos de alguma forma se conhecem, todos de alguma forma sabem o que está acontecendo. Passa a ser a sua comunidade social. É tão interessante, tão diferente, tão forte, que você acaba não tendo vida social fora daqui, ela é muito restrita. Ir a uma pizzaria não tem mais muita graça. No final você não vai poder terminar sem roupa. Acaba você fazendo suas festas”.

SWING POR CAIXA POSTAL
O Casal Venus é casado há 17 anos, faz parte do universo do Swing há 12 e pode afirmar que no começo era bem diferente. Era o chamado Swing de Revista, em que as pessoas se correspondiam por caixa postal. O casal se anunciava na revista, como em um classificado de casais. Era bem escondido. “Pegamos o finalzinho deste Swing de Revista e o começo dos clubes. Então nossas primeiras festas eram de cinco, seis casais, e já era o máximo. Quando tinha dez casais, uau. Lembramos que a primeira festa que reuniu 100 casais foi um acontecimento. E hoje já é padrão a casa começar com 100 reservas”.
Como participam faz algum tempo, conseguem dar estatísticas do crescimento do público. “Há cada dez casais que vêm, seis ficam. Quatro vão voltar pra casa pra talvez voltar algum dia. Mas que não venham nunca mais, dois”. E a casa ainda é recente. Foi inaugurada na metade do ano de 2010. O crescimento, acredita o casal, baseia-se na própria liberação sexual dos últimos anos.
Há dias reservados na semana em que o Swing é aberto para solteiros. Neste dia chegam a 250 pessoas. Podem entrar homens sozinhos ou em grupos. É mais difícil encontrar uma mulher que vá sozinha, quando vão mulheres normalmente estão em grupos. É possível também encontrar casais de amigos. O alerta, nestes dias, é para os homens. Quando o homem está sozinho, a abordagem deve ser muito delicada. Isso porque é sempre a mulher que chega em outro casal ou em alguém sozinho. A mulher é quem dá os sinais. Uma das regras fundamentais do Swing. O homem solteiro quando quer outra mulher deve fazer nada mais, nada menos, do que se deixar ver. Sorrir, piscar, insinuar. “Mas é a mulher quem vai olhar e vai dizer venha ou não venha”.
Ainda hoje existem pessoas que praticam o Swing sem nunca terem pisado em uma casa de Swing. Estas pessoas têm medo de encontrar alguém conhecido. Praticam em motéis, nas próprias casas. Ainda mantém-se o clubinho restrito. É o medo do julgamento alheio.

COMBINAÇÕES MATEMÁTICAS

 No Swing não é necessário que você troque com outros casais. Pode ser uma soma. Uma mulher ou um homem une-se a um casal. O Casal Venus explica que as combinações são inúmeras, matemáticas mesmo. Alguns gostam apenas de ver sua mulher com outros homens, ou outras mulheres, a mulher também gosta apenas de ver entre outras opções.
Em relação ao número de parceiros, não há limite estipulado para uma noite. “Existem os atletas, é bonito de ver (risos), mas não é o comum. O normal é que em uma noite você tenha uma experiência, seja com a troca de casais ou com mais um homem, mais uma mulher. Veja, o relacionamento de dois já é complicado, você unir-se a mais dois e fazer dar certo em uma noite, tem um certo nível de dificuldade”, explica o Casal Venus.
Outro dado comum, de acordo com o Casal, é você sair em uma noite e não conseguir realizar nenhuma troca ou soma. A A.M., nossa primeira entrevistada, conta que o casal precisa gostar do outro casal para fazer a troca. Ela precisa gostar do outro homem e ele da outra mulher. “Não faço caridade”, diz A.M. E por este motivo, não é tão fácil encontrar vários casais em uma noite com quem se tem mais interesses.
“A questão mesmo é tentar uma coisa nova. Mas você pode pegar uma carta marcada, que é um casal que você já conhece, ou ficar apenas com o seu parceiro. Tem ainda a possibilidade de você investir e não dar certo, ou ainda estar todos na cama nus, mas alguma coisa não funciona. É comum”, explica o Casal Venus.
Nas casas de Swing, as relações costumam ser mais rápidas. Depois que os casais terminam eles podem continuar a interação no bar e trocar contatos, caso tenham gostado do outro casal, ou não. Todos se vestem e vai cada um para o seu lado.


SALVAÇÃO DO CASAMENTO

 O esclarecimento é peça chave do Swing. Os casais que se predispõe a praticá-lo devem estar muito bem afinados. Se não, a briga é inevitável. O ciúme toma conta e o controle acaba.
A.M. conta que com ela e o namorado, T.I., isso aconteceu apenas uma vez. “Conhecemos um casal, eles eram super ricos. E a guria era linda, tinha uns 19 anos, tinha um filho já, mas era linda, tipo modelo. O marido era bem mais velho que ela. Daí rolou um clima entre nós quatro. Ele foi bem rápido comigo, acho que queria se livrar logo pra ver o que ela tava fazendo. E ela continuou lá com o meu namorado, mas eu tava tranquila. Daí ela começou a gemer e o cara fechou o tempo lá com a guria. Nossa, acho que foi a única vez que vimos eles e nunca mais”, conta.
O Casal Venus dá uma estatística interessante. “A regra geral, por incrível que pareça, é que o marido traga, mas é a mulher que se solta primeiro. É mais uma fantasia masculina, a mulher demora mais para chegar. Mas quando ela vem, se descobre e se solta muito antes do homem. Isso aconteceu com a gente. Enquanto ela estava toda, toda, eu estava acanhado, com certo medo de me soltar”.
O Casal confessa que por este motivo houve um pouco de ciúme no começo, uma certa insegurança. Mas hoje, muito bem resolvidos nesta questão, separam muito bem o sexo do amor. “Fazer sexo não implica doar uma parte da sua vida conjugal. Nossa vida conjugal continua. O amor nós fazemos em casa, com a convivência. Se ele vai pegar uma mulher linda significa que ele vai ter um orgasmo maravilhoso, simplesmente isso. Vai se levantar e vamos para casa, pagar as contas (risos)”.
Para o Casal Venus, o Swing salvou o casamento. “A gente descobriu essa vida e acredita realmente que sexo é muito importante, que é muito bom. Nossa vida só melhorou depois do Swing, como casal mesmo”.
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BOX 1 - REGRAS DO JOGO
• A mulher é quem toma a iniciativa quando o casal se interessa por outro casal ou por outra pessoa;
• Os homens não devem chegar diretamente nas mulheres. Atitude considerada extremamente indelicada;
• Homens não devem se relacionar sexualmente com outros homens. A relação homossexual não é oficialmente aceita. Exceto no Dark Room;
• Bissexualismo feminino é incentivado;
• Proibido qualquer tipo de aparelho eletrônico que possa registrar alguma cena dentro da casa (câmeras, celulares);
• Uso obrigatório de camisinha. Pessoas que demonstram desinteresse na proteção são marginalizadas;
• Proibido fumar. Exceto no espaço para fumantes a céu aberto que fica nos fundos da casa;
• Casais que brigam por ciúme são convidados a se retirar e, dependendo da situação, ficam impedidos de voltar a frequentar a casa.
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BOX 2 - CURIOSIDADES
• Na maioria dos casos é o homem quem convida a mulher para ir ao Swing. Mas, invariavelmente, é a mulher quem se solta primeiro;
• Em Curitiba, a presença de Gogo Boys e Gogo Girls é crucial para o sucesso da noite. Mesmo frequentadores veteranos sentem-se tímidos no início da noite. É quando os dançarinos entram em cena e incentivam a aproximação;
• Há casais que frequentam clubes de Swing há dez anos e nunca realizaram nenhuma troca. Gostam apenas de se relacionar em público;
• Para não perder calcinhas, as mulheres costumam enrolá-las no pulso;
• Alguns homens e mulheres gostam apenas de olhar seus parceiros com outras pessoas e não fazem absolutamente nada durante a noite. Apenas observam;
• É possível identificar as pessoas que vão pela primeira vez. Geralmente a mulher está de calça jeans e o homem fica sempre “protegendo-a” com os braços;
• Na primeira vez, a curiosidade sobrepõe-se ao prazer. As pessoas ficam com receio, com medo de serem atacadas e não relaxam;
• Em Curitiba, há cinco casas principais de Swing. A Desiree, mais conhecida. A Liberty House, mais antiga. A Venus, considerada a maior e mais luxuosa do Sul do Brasil. A Pepper Club, uma espécie de bar para casais, mais intimista. E o Fantasias, um dos clubes mais novos de Swing da capital;
• O valor da entrada para o casal varia muito entre as casas de Swing e também varia o valor para os solteiros. Em média, o casal gasta R$ 90. Os solteiros R$ 110. E as mulheres, quando a noite é de solteiros, têm entrada livre;
• Em geral, as festas são temáticas.
• Algumas casas de Swing possuem bate-papos exclusivos para casais Swing. Os casais se cadastram e pagam uma taxa de manutenção mensal para manter o perfil.